O que é securitização de recebíveis e como funciona? Um guia completo

por | ago 14, 2023 | SEO | 0 Comentários

O que é securitização de recebíveis e como funciona? Um guia completo

No mercado financeiro, a securitização de recebíveis tem se destacado como uma estratégia que permite às empresas converter seus recebíveis em títulos negociáveis. Neste artigo, vamos explorar o significado da securitização de recebíveis, como funciona o processo, os tipos de ativos securitizáveis e os prós e contras dessa estratégia. Acompanhe e descubra tudo sobre securitização de recebíveis.

 

 

O que significa  securitização de recebíveis?

A securitização de recebíveis significa transformar os fluxos de pagamentos futuros provenientes de vendas a prazo, duplicatas, cheques pré-datados e outros recebíveis em títulos negociáveis no mercado financeiro. Essa prática envolve a conversão dos recebíveis em instrumentos financeiros, chamados de títulos lastreados, que são vendidos para investidores. Ao fazer a securitização de recebíveis, a empresa que os originou obtém recursos financeiros imediatos, transferindo o risco de inadimplência para os investidores. Essa estratégia proporciona liquidez e permite que as empresas aproveitem o valor presente dos recebíveis ao invés de aguardar o pagamento no futuro..

 

Como funciona o processo de securitização de recebíveis?

O processo de securitização de recebíveis envolve várias etapas. Aqui está uma explicação simplificada de como funciona:

Seleção dos recebíveis:

A empresa seleciona os recebíveis que deseja securitizar. Esses recebíveis podem incluir vendas a prazo, duplicatas, cheques pré-datados e outros fluxos de pagamentos futuros.

Criação de uma entidade veículo:

A empresa cria uma entidade veículo (também conhecida como special purpose vehicle – SPV) para realizar a securitização. Essa entidade é separada da empresa original e tem a função de adquirir e administrar os recebíveis.

Transferência dos recebíveis:

A empresa transfere os recebíveis para a entidade veículo. Isso é feito por meio de um contrato de cessão, no qual os direitos econômicos dos recebíveis são transferidos para o SPV.

Emissão dos títulos lastreados:

A entidade veículo emite títulos lastreados nos recebíveis securitizados. Esses títulos representam uma fração dos fluxos de pagamentos futuros dos recebíveis e são oferecidos aos investidores.

Colocação dos títulos no mercado:

Os títulos lastreados nos recebíveis são colocados no mercado financeiro, onde são oferecidos a investidores interessados. Essa etapa envolve a negociação dos títulos e a definição do preço e das condições de compra.

Pagamento aos investidores:

Os investidores que adquirem os títulos passam a receber os pagamentos futuros provenientes dos recebíveis securitizados. Esses pagamentos são realizados pelos devedores originais dos recebíveis.

Administração dos recebíveis:

A entidade veículo, responsável pela securitização de recebíveis, administra os recebíveis e garante o fluxo de pagamentos aos investidores. Isso pode incluir a cobrança dos recebíveis, a gestão de inadimplências e a prestação de informações aos investidores.

 

Em resumo, o processo de securitização de recebíveis envolve a seleção dos ativos, a transferência para uma entidade veículo, a emissão dos títulos lastreados e a colocação desses títulos no mercado para investidores. Dessa forma, as empresas podem obter recursos financeiros imediatos ao securitizar seus recebíveis, ao mesmo tempo em que transferem o risco de inadimplência para os investidores.

 

Quais os tipos de ativos securitizáveis?

Existem diversos tipos de ativos que podem ser securitizados, além dos recebíveis. Alguns exemplos comuns de ativos securitizáveis são:

Recebíveis comerciais:

Como mencionado anteriormente, recebíveis comerciais como vendas a prazo, duplicatas, cheques pré-datados e faturas de cartão de crédito podem ser securitizados.

Hipotecas:

Empréstimos hipotecários, que são garantidos por propriedades imobiliárias, podem ser securitizados. Essa prática é comum na indústria hipotecária, onde os empréstimos são agrupados e transformados em títulos lastreados em hipotecas (mortgage-backed securities – MBS).

Contratos de aluguel:

Recebimentos futuros provenientes de contratos de aluguel de imóveis comerciais ou residenciais também podem ser securitizados. Esses ativos são agrupados e transformados em títulos lastreados em aluguéis (rental-backed securities).

Créditos de cartão de crédito:

Os fluxos de pagamentos futuros provenientes de transações com cartão de crédito podem ser securitizados. Essa prática é comum em instituições financeiras que emitem cartões de crédito, onde os recebíveis são securitizados em títulos lastreados em créditos de cartão de crédito (credit card receivables-backed securities).

Empréstimos:

Diversos tipos de empréstimos, como empréstimos pessoais, empréstimos para automóveis ou empréstimos estudantis, podem ser securitizados. Os fluxos de pagamentos futuros dos mutuários são transformados em títulos lastreados em empréstimos (loan-backed securities).

 

Esses são apenas alguns exemplos de ativos securitizáveis. Em geral, qualquer fluxo de pagamentos futuros previsíveis e padronizados pode ser transformado em títulos lastreados e securitizados, desde que haja demanda no mercado financeiro por esses ativos.

 

 

A securitização de recebíveis vale a pena? Quais os benefícios da securitização de recebíveis?

A securitização de recebíveis pode trazer vários benefícios para as empresas. Primeiramente, permite a obtenção de recursos financeiros imediatos, o que pode melhorar o fluxo de caixa e a capacidade de investimento. Além disso, a securitização de recebíveis reduz o risco de inadimplência, transferindo-o para os investidores. Também oferece a possibilidade de diversificação de fontes de financiamento e acesso a investidores institucionais. Outro benefício é a flexibilidade para a empresa na gestão dos ativos securitizados.

 

 

Quais são os riscos e as desvantagens da securitização de recebíveis?

Apesar dos benefícios, a securitização de recebíveis também apresenta riscos e desvantagens. A empresa pode perder parte do valor dos recebíveis ao pagar taxas e despesas associadas ao processo de securitização. Além disso, a empresa que originou os recebíveis continua sendo responsável por garantir a qualidade e a cobrança desses ativos, mesmo após a securitização. Há também o risco de oscilações nos mercados financeiros e no interesse dos investidores pelos títulos securitizados.

 

Considerações Finais:

A securitização de recebíveis é uma estratégia financeira que pode trazer benefícios significativos para as empresas, proporcionando liquidez imediata e reduzindo riscos. No entanto, é fundamental analisar cuidadosamente os custos, os riscos e os benefícios antes de optar por fazer a securitização de recebíveis. Com o apoio de uma empresa especializada como a CRDC, é possível obter orientação e suporte adequados para aproveitar ao máximo os benefícios dessa estratégia.

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